Os empresários indianos mostram-se dispostos a investir em Moçambique nas áreas de energia, indústria farmacêutica e exploração de gás, com um volume de negócios estimado em cerca de 10 mil milhões de dólares. A intenção foi manifestada nesta terça-feira, durante o Fórum de Negócios entre os dois países, que teve lugar em Maputo.
Com uma relação de cooperação bilateral que remonta à conquista da Independência Nacional, Moçambique e a Índia continuam a evidenciar fortes ambições enquanto parceiros económicos. A indústria farmacêutica, a agricultura e o fornecimento de serviços em projectos de exploração de gás são, segundo o secretário de Estado do Comércio, áreas apetecíveis que podem unir empresários indianos e moçambicanos.
“Moçambique tem cerca de 35 milhões de hectares férteis, sendo um dos poucos países em África e no mundo com esta quantidade de terras cultiváveis. Os nossos índices de produção ainda são extremamente baixos. Moçambique é, como disse o senhor embaixador, um dos grandes exportadores de pó de dhal para a Índia, mas tem capacidade para triplicar esse volume. Também exporta muita castanha, muito gergelim e alguns feijões, mas o potencial é enormíssimo. Convidamos as empresas indianas a virem, de preferência em parceria com os moçambicanos, que é o que também pretendemos, para podermos explorar esse potencial agrícola — não só para transformar Moçambique num dos maiores exportadores de produtos, mas também para alcançarmos a auto-suficiência alimentar”, afirmou António do Rosário Grispos, secretário de Estado do Comércio.
O Fórum de Negócios Índia–Moçambique, realizado nesta terça-feira, em Maputo, abriu espaço para a apresentação de oportunidades de investimento entre as partes. A CTA considera que o volume de negócios entre os dois países pode ser significativamente alargado.
Segundo Álvaro Massingue, presidente da CTA, “é hora de elevar esta parceria para um novo patamar. Existe uma complementaridade natural entre duas economias dinâmicas. Moçambique dispõe de 36 milhões de hectares de terras aráveis, recursos hídricos abundantes e uma das costas mais extensas da África Austral. A Índia traz tecnologia agrícola acessível, sistemas modernos de irrigação e experiência consolidada em agro-processamento.”
O Conselho Empresarial da Índia aponta para as indústrias de energia, farmacêutica, exploração mineira e agricultura como as áreas que despertam maior interesse.
“Acredito que existem oportunidades imediatas, a médio e longo prazo em Moçambique, especialmente no sector da saúde. E a saúde é um tema muito amplo: inclui hospitalidade, diagnósticos e indústria farmacêutica — há muito por desenvolver. Depois, há a agricultura, começando pela pesca, que envolve toda a cadeia agrícola e a rede de fornecimento: sementes, tecnologia de sementes resistentes a doenças e que requerem menos água. Há muito desenvolvimento técnico a acontecer nesse domínio”, explicou Shivank Goael, presidente do Conselho Empresarial da Índia.
Em 2024, o comércio bilateral entre Moçambique e a Índia ultrapassou os 800 milhões de dólares, impulsionado, sobretudo, pela exportação de produtos agrícolas e de bens de capital.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê a continuação de ocorrência de chuvas moderadas a fortes, variando entre 30 e 50 milímetros em 24 horas, podendo, localmente, atingir quantidades superiores a 50 milímetros no mesmo período. As previsões incluem ainda trovoadas acompanhadas de ventos com rajadas, afectando várias regiões do centro do país.
As áreas de maior risco localizam-se na província de Manica, sobretudo nos distritos de Machaze, Mossurize, Sussundenga, Macate, Manica, Bàrue, Vanduzi, Macossa, e nas cidades de Gondola e Chimoio.
Na província de Sofala, o alerta abrange os distritos de Machanga, Chibabava, Buzi, Nhamatanda e Gorongosa, além das cidades de Dondo e Beira.
O INAM recomenda atenção redobrada nestas zonas durante o período de ocorrência das condições atmosféricas adversas.
O debate sobre o futuro económico de Moçambique volta a ganhar intensidade com o lançamento do livro Moçambique e as Armadilhas da Dependência, a primeira obra de Justino Nhare, um jovem investigador que decide enfrentar de frente um dos temas mais sensíveis da história recente do país: a dependência económica estrutural. A obra, já disponível para venda e com lançamento oficial agendado para o dia 28 deste mês, propõe uma leitura crítica e profundamente documentada sobre os últimos 50 anos, analisando caminhos, escolhas e fragilidades que moldaram a trajectória económica do país.
Desde as primeiras páginas, Nhare apresenta uma tese que desafia a forma como Moçambique tem pensado o seu desenvolvimento: a independência económica não pode continuar a ser um objectivo conjuntural, associado ao mandato de um Presidente da República. Para o autor, este deve tornar-se um imperativo constitucional. A ideia é clara — só um compromisso inscrito na Constituição garante continuidade, estabilidade e blindagem contra a descontinuidade de políticas públicas que tem marcado várias fases da governação.
A obra parte de uma análise histórica rigorosa. Nhare revisita momentos-chave, desde o pós-independência até à actualidade, para explicar como Moçambique se tornou um país estruturalmente dependente de ajuda externa e endividamento contínuo. O autor sublinha que esta dependência não é um fenómeno abstracto. Ela manifesta-se diariamente na forma como o Estado financia sectores essenciais. “O nosso orçamento, quase 22%, depende da ajuda externa”, afirma. E, para ele, esta dependência financeira traduz-se numa dependência política que limita a autonomia decisória do país em áreas sensíveis como saúde, educação e infraestruturas.
Nhare alerta para o que considera ser a contradição central do modelo económico actual: Moçambique continua a depender de recursos externos para financiar sectores que deveriam ser pilares da soberania nacional. Segundo o autor, sempre que um doador financia um sector estratégico, influencia também prioridades, ritmos, critérios de implementação e até visões de desenvolvimento. Para Nhare, este mecanismo, ainda que não declarado, cria um tipo de tutela indirecta sobre o país, dificultando a construção de um projecto verdadeiramente autónomo.
Outro eixo central da obra é a análise do endividamento externo. Aqui, Nhare é particularmente incisivo. Considera que, sem uma mudança profunda na forma como o país avalia, contrai e gere dívida pública, Moçambique permanecerá preso num ciclo que consome mais do que produz. “A dívida tornou-se uma nova forma de colonização”, afirma, sublinhando que o problema não está apenas no montante total da dívida, mas na falta de correspondência entre esse endividamento e o retorno económico real gerado pelos projectos financiados.
A obra discute, com exemplos e dados, como sucessivos governos contraíram dívidas cujo impacto económico foi limitado, criando encargos duradouros para o país e expondo Moçambique a vulnerabilidades adicionais. Nhare argumenta que o país precisa de avaliar melhor a sua capacidade de endividamento e exigir maior rigor na aprovação de projectos financiados externamente. “É importante rever as formas e o tipo de endividamento, medir a capacidade do país e garantir que cada dívida tenha retorno real”, defende.
Embora a crítica ao passado seja firme, Justino Nhare recusa um discurso pessimista. Pelo contrário, o livro propõe uma agenda de futuro, sustentada em reformas estruturais e na necessidade de transformar a independência económica num compromisso nacional. Para o autor, esse compromisso precisa de estar explicitamente inscrito na Constituição para impedir que mudanças de governo signifiquem mudanças bruscas de orientação económica. “É preciso garantir que nenhum presidente venha a remover o plano de independência económica”, afirma, defendendo que o país precisa de uma visão de longo prazo protegida de ciclos eleitorais.
Um dos pontos mais fortes da obra é o capítulo dedicado à juventude. À semelhança de vários estudiosos africanos contemporâneos, Nhare defende que a juventude deve assumir o centro da agenda económica e não ser tratada como um problema a resolver. Para o autor, o país tem desperdiçado talento, criatividade e energia que poderiam transformar sectores-chave. “O jovem não pode ser uma opção; tem que ser o ponto fulcral das políticas públicas”, diz. Para ele, cada jovem à procura de oportunidades representa uma potencial solução económica, e não um desafio social.
Nhare recusa a narrativa de que os jovens são um grupo passivo à espera de emprego formal. Defende que a juventude moçambicana é um activo estratégico que deve ser chamado para o centro da discussão económica, desde a inovação tecnológica à agro-indústria, passando pelo empreendedorismo e pelas novas economias verdes. Essa abordagem, segundo o autor, poderia romper com o ciclo de dependência que marca a história recente do país e abrir espaço para um modelo económico mais vibrante, moderno e auto-sustentado.
O livro também confronta práticas e modelos de governação que, segundo o autor, têm contribuído para a descontinuidade de políticas públicas e para a fragilidade institucional. Nhare alerta que iniciativas económicas que mudam com a alternância de titulares não criam raízes. Por isso, insiste que a constitucionalização da independência económica é a única forma de garantir que o país siga um caminho coerente e consistente, independentemente das conjunturas políticas.
À medida que avança, a obra ganha profundidade conceptual, propondo uma reflexão sobre democracia económica, soberania financeira e gestão estratégica dos recursos naturais. Nhare sublinha que Moçambique não pode limitar-se a ser um país exportador de matérias-primas sem valor acrescentado. O autor defende a necessidade de transformar a estrutura produtiva e de investir em sectores que criem riqueza duradoura.
Com uma escrita acessível, mas intelectualmente exigente, Moçambique e as Armadilhas da Dependência chega num momento crucial para o país. A economia enfrenta desafios profundos: inflação, dificuldades de financiamento externo, dívida pública elevada, fraco investimento privado e uma juventude maioritariamente desempregada. É neste contexto que o livro surge como um convite à reflexão nacional, numa altura em que o debate sobre soberania, finanças públicas e rumo económico se torna imprescindível.
O lançamento oficial será no dia 28 deste mês, mas a obra já circula e, segundo previsões, deverá estimular conversas intensas entre economistas, políticos, académicos e cidadãos interessados no futuro do país. Justino Nhare, pertencente a uma nova geração de pensadores, coloca uma pergunta que ressoa ao longo das mais de 200 páginas: “Que Moçambique queremos construir nos próximos 50 anos?”
O livro não oferece respostas fáceis — mas oferece pistas essenciais. E promete ser o ponto de partida para uma discussão que o país já não pode adiar.
A Embraer está a produzir aviões com capacidade para transportar 146 pessoas de olho para o mercado africano. O anúncio foi feito, ontem, na cidade de Maputo, num contexto em que a LAM procura comprar oito novas aeronaves.
Desde Fevereiro deste ano que a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) procura por aviões no mercado, incluindo da Embraer, para comprar com objectivo de repor a sua frota e tornar a actividade da empresa sustentável.
No Fórum Empresarial Brasil-Moçambique, realizado na capital do país ontem, uma das maiores produtoras de aviões do mundo, a brasileira Embraer apresentou uma proposta de solução, de olho no mercado africano.
“Nossos aviões têm uma capacidade de 146 lugares. Somos líderes mundiais nessa categoria de até 150 lugares. Permitem ligar directamente aeroportos e cidades para as quais antigamente não existiam ligação”, disse o vice-presidente da Embraer, João Taborda.
De acordo com o vice-presidente da Embraer, João Pedro Taborda, a aposta nos aviões pequenos visa melhorar a eficácia das companhias aéreas.
“Muitas vezes nós vemos aeronaves grandes que viajam com muitos lugares vazios. Isso é muito ineficiente e oneroso para as companhias aéreas. No caso concreto, no mercado africano, 85% das rotas implicam o transporte de menos de 200 pessoas por dia. Portanto, é muito eficaz que as companhias aéreas voem em aviões voem com o mínimo de cadeiras vazias”, disse João Pedro Taborda.
De referir que a LAM tem vasta experiência no uso de aviões da Embraer.
Outra novidade do fórum é a pretenção da Empresa Nacional de Hidrocarboneto de passar a possuir licenças de exploração de hidrocarbonetos e não apenas participar em projectos que tenham como operadores outras empresas.
“Queremos ser operadores. Significa que o Governo deve dar voto de confiança à ENH e já estamos em processo para isso”, disse a Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Ludovina Bernardo.
Na verdade, esse é o caminho seguido pelo Brasil, através da empresa Petrobras, que na altura da sua criação produzia dois mil barris de petróleo por dia e hoje produz 4,6 milhões de barris por dia, dos quais 2,3 milhões ficam no país.
“Ser operador é muito importante porque quem opera determina a tecnologia que vai usar, quem são os fornecedores e os parceiros. Ser operador é um desafio e é extremamente fundamental”, disse Sylvia dos Anjos, uma das directoras da Petrobras.
Num contexto em que 62% da população moçambicana tem acesso à energia eléctrica, a EDM convida empresas brasileiras a instalarem indústrias no país, para produzir material eléctrico, entre eles, cabos, transformadores e contadores.
No parque industrial de Beluluane, onde está a Mozal, há várias facilidades para empresas que queiram investir, segundo a MozParks, empresa gestora.
Do Brasil, há uma garantia de formação dos moçambicanos para o uso eficiente de equipamento dada pela Weg África, empresa de capitais brasileiros.
O Fórum Empresarial acontece no âmbito da segunda visita a Moçambique do presidente brasileiro, Lula da Silva, depois da primeira que fez há 17 anos.
Presidente do Brasil, Lula Inácio Lula da Silva, insta Moçambique a não cometer os erros políticos do passado, que retardaram o desenvolvimento do país. Lula destacou ainda a importância da democracia, paz e estabilidade político-social para que Moçambique atraia mais investimentos.
Uma visita curta mas intensa, na qual o Chefe do Estado do Brasil dirigiu, juntamente com o presidente de Moçambique, o encerramento do Fórum Empresarial entre os dois países. No evento, Lula da Silva aconselhou Moçambique a tirar lições de conflitos políticos passados.
“Não repitam o mesmo erro do século XX no século XXI. O que faz um país crescer é paz, tranquilidade, democracia.
Segundo o chefe do estado brasileiro, para ter mais confiança dos cidadãos, os governantes devem oferecer estabilidade política porque ninguém investe num país que está em guerra a cada três meses, estabilidade econômica, fiscal, social e previsibilidade. Lula da Silva justifica que se tudo isso estiver num só pacote, qualquer um vai investir em Moçambique.
E é justamente por isso que Lula da Silva anunciou a retoma do apoio brasileiro a sectores como educação, saúde e agricultura.
O anfitrião, Daniel Chapo, expôs as potencialidades energéticas de Moçambique e os projectos em curso, embora alguns não tenham financiamentos já fechados.
Em 2024, o volume de negócios entre Moçambique e Brasil reduziu de 170 para 40 milhões de dólares, um cenário que se quer mudar neste ciclo de Governação.
O antigo Presidente da República, Filipe Nyusi, lidera a Missão de Observadores da União Africana às eleições gerais, presidenciais e legislativas da Guiné-Bissau, que terão lugar este domingo.
Moçambique está igualmente representado na missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, através de duas parlamentares, nomeadamente, Maria Angelina Dique Enoque e Anchia Safina Talapa Formiga, ambas membros do Grupo Nacional da AP- CPLP na Assembleia da República de Moçambique.
Os parlamentares deverão deslocar-se a diferentes regiões da Guiné-Bissau para colher impressões sobre a organização do escrutínio, o comportamento dos eleitores e o cumprimento das normas legais.
Dados divulgados ontem pela Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau indicam que os resultados provisórios das eleições poderão ser conhecidos até quinta-feira próxima.
A bailarina, coreógrafa e escritora Maria Helena Pinto, uma das figuras centrais da dança contemporânea moçambicana, apresenta no dia 1 de Dezembro de 2025, às 18 horas (hora de Maputo), através de um directo na sua página de Facebook, as suas duas novas obras literárias: “Rugidos do Silêncio” (prosa poética) e “Nudez e Dança” (ensaio). As obras – que saem sob a chancela da Oficina de Textos – estarão disponíveis na Amazon a partir da mesma data.
Com uma carreira marcada pela investigação, criação e docência, e um percurso académico que inclui um doutoramento em Estética, Ciências e Tecnologias das Artes pela Universidade Paris 8, Maria Helena Pinto tem vindo a construir, nos últimos anos, uma presença sólida no campo literário. Estes dois novos livros confirmam essa travessia: uma escritora que parte da dança para pensar a vida, o corpo, o país e as inquietações humanas.
“RUGIDOS DO SILÊNCIO”
Em “Rugidos do Silêncio”, Maria Helena Pinto apresenta uma obra de prosa poética composta por oito núcleos temáticos – Origens, Meu Eu, Mulher, Dialogando, BMWs, Amores, Paixões, Sonhos, Perversidades, o Outro, Nós, Naufrágios, A Cegueira do Poder e O Poder do Divino em Nós. Aborda ainda sobre a desvalorização e a violência contra as mulheres, bem como os sonhos de liberdade enquanto indivíduos e enquanto país, particularmente no contexto moçambicano. Entre poemas e prosas, os textos refletem também vivências e um olhar crítico sobre o nosso comportamento como pessoas e como sociedade.
A apresentação da obra estará a cargo do escritor e jornalista José dos Remédios, com leituras do docente e actor Dadivo José e do actor Ramadan Matusse.
“NUDEZ E DANÇA”
“Nudez e Dança” é um ensaio literário-académico que cruza corpos, povos, culturas, política(s) e olhares sobre o gesto e a exposição. A obra nasce de um percurso de investigação iniciado em 2004, com o projecto fotográfico “Mulher-mãe”, onde a autora explorou a nudez artística a partir da dança, com fotos da autoria de Mauro Pinto.
Dividido em três partes – Povos, Nudez e Dança; Nudez e Criações Artísticas; e Projecto Fotográfico Mulher-mãe – o livro lança questões centrais sobre hegemonias culturais, fronteiras simbólicas e os modos como a nudez se inscreve nas práticas artísticas contemporâneas. “Entre os espaços locais, tradicionais e internacionais, nações e mundialização ou globalização, como a nudez e a/na dança se entrecruzam nos semáforos da própria existência humana? Como ultrapassar as vontades de uns e de outros de hegemonia, de imposições de modelos de existência como seres e corpos que pensam, expressam-se e vivem a nudez/dança de forma distinta do outro?”, lê-se no livro.
As temáticas levantadas visam suscitar “o questionamento de como ultrapassar as lutas, oposições, antagonismos e até mesmo uma certa forma de violência entre seres humanos, derivados de olhares, percepções, posições distintas, para então envolver-se em conjunto, abraçando as diferenças, identidades, pensamentos, práticas, rituais, culturas, tradições, criações artísticas, filosofias, artes opostas, como sendo uma forma de fortalecimento comum entre umas e outras”.
A apresentação desta obra será feita pela docente e actriz Maria Atália.
Reconhecida nacional e internacionalmente, com homenagens recentes do Município de Maputo e da Casa do Artista Kutenga, Maria Helena Pinto é autora de investigações cruciais sobre a dança moçambicana e fundadora de vários projectos estruturantes, como à nível nacional, a criação dos primeiros cursos de Licenciatura e Mestrado em Artes Cénicas na Universidade Pedagógica de Maputo e a Vila Artística Dans’Artes. Como palestrante, ainda este ano, a artista representou Moçambique no maior congresso de Artes Cénicas do Brasil, ABRACE, em Ouro Preto.
Depois de Ardentes Fragmentos da Vida e Devir(es) Contemporâneos, a coreógrafa reforça agora a sua presença no universo editorial com duas obras que dialogam com as artes, a memória, a crítica e a transcendência de olhares e do corpo.
Arrancaram, esta segunda-feira, os exames finais da nona classe, em todo o país. A Cidade de Maputo prevê avaliar mais de 18 mil alunos em 61 centros de exames.
Nas escolas havia corredores vazios e silêncio absoluto! Nas salas, os alunos mantinham-se concentrados e os professores atentos. Eram indícios dos exames finais da nona classe que decorrem pela primeira vez, em todo o país, e que arrancaram esta segunda-feira. O primeiro dia de exames foi reservado para as disciplinas de português e Biologia.
Na Escola Secundária Francisco Manyanga, apesar da ausência de 21 alunos, o processo decorreu sem sobressaltos, segundo explicou o director da instituição.
“Esperávamos receber 551 alunos e destes fizeram-se presentes 530. O que quer dizer que só 21 alunos é que não se fizeram presentes. Fomos aos processos dos alunos, entramos em contacto com alguns encarregados de educação e soubemos que não se puderam fazer presentes por razões que tem a ver com saúde”, explicou Sabino Congolo.
Na Escola Secundária da Polana prevê-se examinar 405 alunos da nona classe.
“Tivemos oito ausências no primeiro exame e no segundo tivemos quatro alunos que faltaram, ainda não sabemos as razões, mas o ambiente é calmo, o trabalho está a correr normalmente, todo o trabalho está a correr sem sobressaltos.”disse o director da instituição, Filipe Alfiado.
Só na cidade de Maputo foram criados 61 centros de exame para avaliar mais de 18 mil alunos.
“Neste número, 9.419 são raparigas e temos, portanto, 724 júris e temos como rede escolar que oferece esse serviço de examinacao a 61 escolas. Isto, portanto, na cidade de Maputo.”, Hélio Mudendere, Director da Educação da Cidade de Maputo
Os alunos afirmam que as matérias avaliadas, esta segunda-feira, correspondem às matrizes e a maior expectativa é de passar de classe.
Para os alunos, o apelo é para que evitem atrasos e fraudes acadêmicas.
“Para o caso da nona classe, recomendamos que os alunos estudem com base nas matrizes e nos conteúdos programáticos selecionados durante o ano letivo. Para o caso da décima e da décima segunda classe, recomendamos que estudem com base nos exames dos últimos cinco anos, igualmente nas matrizes, nos conteúdos selecionados e nunca se deixarem levar por falsos exames que, provavelmente, possam ser partilhados a nível das redes sociais.”
Os exames da décima e da décima segunda classes irão decorrer entre 01 e 04 de Dezembro.
Especialistas em Petróleo e Gás defendem que Moçambique deve adoptar metodologias próprias para a transição energética, uma vez que a maior parte da energia produzida é renovável. Os especialistas falavam, nesta sexta-feira, em Maputo, durante o Lançamento do Clube de Petróleo, uma ferramenta de partilha de experiências entre actores do sector energético.
A transição energética é um processo irreversível e Moçambique não está alheio a esta realidade, porém especialistas defendem que o País deve adoptar uma metodologia própria.
“Porque a maior parte dos países que hoje fala de transição, e fazem muito bem, porque o ambiente precisa, estão numa fase da exploração dos seus recursos extremamente avançada e apanham Moçambique no início desta actividade (…) Será que é justo falar que Moçambique se deveria focar neste assunto de transição energética ou deveria aproveitar esta janela de oportunidade que tem, que eu acredito que é uma das grandes oportunidades que Moçambique tem para realmente sair da situação do país de rendimento que temos, para um país de rendimento de classe média”, disse Quincardete Lourenço, Investigador.
A ser feita, entende o investigador Milagre Manhique, deve se ajustar à realidade de cada País. “ A África do Sul tem o desafio de sair do carvão para gás e depois, se calhar, migrar para fontes mais limpas, enquanto Moçambique já começou numa fonte mais limpa. Ou seja, a marcha que deve ser feita para o processo de transição energética deve ser olhada como o tema também do Clube de Petróleo”, explicou Rudêncio Morais, especialista em Petróleo e Gás.
No entanto, os países africanos apresentam um desalinhamento de interesses opostos, conforme defende o Director Geral da agência nacional de Energia Atómica . Será que aqui, ao nível da região África do Sul, todos os países da SADC não estão em condições de tirar o dinheiro que é necessário para construir o Mphanda Nkuwa, Por que nos investidores que estão a investir na causa quase nenhum país africano está lá (…) Estamos na mesma região, temos os mesmos problemas, mas ainda não estamos a ter facilidade de encontrar soluções sustentáveis para os problemas da região”.
Os painelistas falavam nesta sexta-feira, em Maputo, durante a cerimónia de lançamento do Clube de Petróleo, uma entidade não governamental.
“Este lançamento ocorre num momento crucial em que Moçambique, tal como todo o continente africano, posiciona-se na linha da frente das discussões globais sobre transição energética. Uma transição de energia justa, que reconheça as nossas realidades, proteja os nossos recursos, promova o desenvolvimento humano e integre de forma equilibrada as fontes tradicionais e renováveis”, afirmou a antiga ministra da justiça, Helena Kida.
A iniciativa apresenta-se como um mecanismo de promoção do sector de petróleo e gás.
“O Clube de Petróleo é uma plataforma neutra, inclusiva e estratégica dedicada à promoção de debates, formação de quadros, produção de conhecimento e articulação sectorial. Pautamos sempre pela divulgação de informação de qualidade. Aspiramos ser um centro de excelência e referência em Moçambique e em África”, explicou Octavia Nobre do Clube de Petróleo.
O evento reuniu membros do Governo, políticos, empresários do sector e estudantes.
O presidente da África do Sul defendeu, neste domingo, no encerramento da Cimeira de Líderes do G20, que a declaração adoptada demonstra o valor do bloco como fórum capaz de facilitar a acção conjunta em assuntos de interesse comum.
Ramaphosa, citado pela Rádio Moçambique, assegurou que o texto reafirma um “compromisso renovado” com a cooperação multilateral e o reconhecimento de que os objectivos comuns dos países do G20 superam as suas “diferenças”.
O documento defende a “cooperação multilateral” e inclui resoluções sobre alterações climáticas, minerais críticos, sustentabilidade da dívida e o compromisso de trabalhar pela paz em conflitos, de acordo com a Carta das Nações Unidas.

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